Quem escreve sentimento não tem ser organizado, sensato ou equilibrado na distribuição das palavras. Tem que vomitar tudo e largar lá.
Quem escreve sentimento não tem que ser consciente, se justificar ou retalhar. Sentimento não é consciente, não precisa de justificativa e é até quando absurdo, perdoável.
Quem escreve sentimento, escreve para o tipo de gente que não se contém e contorna as letras com os dedos, gente que se excita com uma junção mal feita de palavras de sentido perfeito, gente que gosta do cheiro puro e marcante da verdade e do sabor de possibilidade das reticências.
Quem escreve sentimento não tem que ser consciente, se justificar ou retalhar. Sentimento não é consciente, não precisa de justificativa e é até quando absurdo, perdoável.
Quem escreve sentimento, escreve para o tipo de gente que não se contém e contorna as letras com os dedos, gente que se excita com uma junção mal feita de palavras de sentido perfeito, gente que gosta do cheiro puro e marcante da verdade e do sabor de possibilidade das reticências.
Quem escreve sentimento descreve o conforto necessitado, o encanto do irrealizado e evidencia a base de um conceito racionalmente sem fundamento.
Quem escreve sentimento não tem que dar sentido ao sentimento, tem que ser sentido; não tem que amortecer o peso do que se tem a dizer com palavras covardes ou atentar aos conceitos tecidos a respeito da sua falta de hipocrisia.
Quem escreve sentimento é porção seleta, já faz muito compreendendo e leva uma bagagem pesada demais para ter que carregar o déficit em interpretação alheio. Isso pesa mais do que se pode levar.
(Camila Souza)
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